Dediquei grande parte da minha vida às pesquisas sobre as lendas maias. Por mais de três décadas, abdiquei de uma vida normal para desvendar esse mistério que pode ser o mais importante da história da humanidade.
Me orgulho muito do meu trabalho e sei que seus objetivos vão muito além do mero reconhecimento acadêmico. Mas preciso reconhecer que a – podemos chamar assim – obsessão pela verdade me fez negligenciar uma parte fundamental na minha vida: minha família.
As vezes penso se minha esposa Maria e meu filho Michael não pagaram um preço muito caro pela busca de respostas. Não puderam criar raízes, viveram em locais inóspitos e foram apartados de uma rotina normal, necessária para qualquer pessoa.
Devo agradecer à Maria, esposa e companheira de pesquisas, por ter sempre me apoiado e me ajudado tanto até o fim, nisso que já posso chamar de missão. E ao Michael, meu único e adorado filho, devo pedir perdão por ter lhe privado de quase tudo o que uma criança comum anseia.
Espero que ambos entendam que tudo que fiz até agora não foi apenas por orgulho. Fiz por acreditar ser o melhor para todos nós. Montar o quebra-cabeças que pode eclodir no apocalipse se não for resolvido é a única forma de salvar não apenas o mundo, mas também a quem mais amo.
Vontade de ler o livro com esse post.
ResponderExcluirParece ser tão bom, fico até com um pouco de pena do Julius.
Acabei de lê-lo neste exato momento... Uma das melhores pesquisas que ja vi alguem colocar em um livro de ficção ... Fantastico! Me prendeu do começo ao fim.
ResponderExcluir